Nova plataforma de inteligência artificial (IA) denominada DrugAI, desenvolvida pela Chapman University, promete agilizar os processos de criação de novos medicamentos e vacinas. A tecnologia vem da inspiração da ChatGPT e foi concebida para aprender acerca de reações químicas e suas interações com proteínas.
A plataforma DrugAI possibilita a rápida identificação de novas moléculas com potencial para inibir proteínas específicas, acelerando o processo de desenvolvimento de fórmulas de medicamentos. Segundo Hagop Atamian, professor responsável pelo estudo, a plataforma “nos permite gerar um medicamento potencial que nunca foi concebido” e que os resultados até agora têm sido “magníficos”.
Funcionamento da DrugAI
No sistema DrugAI, o usuário pode inserir uma sequência de proteína alvo, que pode estar envolvida na progressão de alguma doença, como o câncer. A plataforma, então, se encarrega de refinar os potenciais candidatos a medicamentos e exibe apenas aqueles com maior afinidade de ligação aos alvos. Até o momento, a plataforma já foi capaz de identificar entre 50 a 100 novos medicamentos em potencial.
Os resultados promissores do estudo mostraram que os medicamentos gerados pela DrugAI tinham uma taxa de validade de 100%. A pesquisa também mostrou forte afinidade de ligação de todas as moléculas geradas pela IA aos seus respectivos alvos, no que pode ser um grande avanço na produção de medicamentos.
Testes com COVID-19
Os pesquisadores testaram a plataforma ao gerar medicamentos para inibir as proteínas da COVID-19. Os medicamentos gerados pela DrugAI exibiam semelhanças notáveis em relação àqueles produzidos por métodos de rastreio convencionais. Além disso, a DrugAI realizou o trabalho de forma mais rápida e menos dispendiosa.
Veja também:
Anvisa aprovou o suplemento Detox Figen como remédio para emagrecer? Entenda
A flexibilidade da plataforma DrugAI permite que outros pesquisadores acrescentem novas funções e aprimorem ainda mais seu desempenho. “Isso significa que você acabará com candidatos a medicamentos mais refinados, com uma probabilidade ainda maior de acabar como um medicamento real”, afirmou Atamian.
Imagem: Blue Planet Studio/ shutterstock.com