A conhecida rede de lanchonetes Subway, pertencente ao Grupo SouthRock, protocolou na última segunda-feira (13) um pedido de recuperação judicial na Justiça paulista. Desse modo, o processo foi motivado pela dÃvida acumulada de R$ 482,7 milhões.
Sendo assim, o Grupo SouthRock, que também passa por um processo de recuperação e controla outras marcas no paÃs incluindo a Starbucks, viu o pedido de recuperação da Subway sendo questionado por vários de seus credores. Portanto, siga a leitura e confira mais acerca da recuperação judicial da Subway.
Questionamento dos credores da Subway
Os credores da Subway apontam para uma aparente “confusão patrimonial” e transferências milionárias que contribuÃram para a crise financeira da marca de lanchonetes. Com um laudo pericial solicitado pela Justiça endossando estas preocupações, a Subway teve de se manifestar.
A rede de lanchonetes destacou que as tentativas de reestruturação foram obstruÃdas por ações de bloqueio de um grupo de credores que antes pareciam dispostos a lidar com as dÃvidas fora dos tribunais. Essa mudança de postura dos credores dificultou ainda mais a reestruturação das dÃvidas, culminando na rescisão do acordo de tolerância pela proprietária da marca Subway nos Estados Unidos.
A Subway ressalta que seu pedido de recuperação judicial busca não apenas proteger seus interesses, mas assegurar a continuidade de sua operação, manter os empregos, a produção, a geração de riqueza e o recolhimento de tributos.
PerÃcia revela “confusão patrimonial” no Grupo SouthRock
A investigação pericial apontou transações financeiras significativas, avaliadas em pelo menos R$ 340 milhões, em operações de “mútuo intercompany”, indicando uma dependência econômica entre as diferentes empresas do Grupo SouthRock.
Diante disso, concluiu-se que existe uma “confusão patrimonial” entre as empresas do conglomerado, incluindo a Subway e a Eataly, que tentou, inicialmente, se excluir dessa disputa judicial.
O Grupo SouthRock foi fundado em 2015 e atua principalmente no setor de alimentos e bebidas, com foco na operação de redes de restaurantes em aeroportos. Recentemente, ele encontrou dificuldades, perdendo inclusive o direito de operar a marca Starbucks no Brasil. No pedido de recuperação, a empresa atribuiu parte de seus problemas à pandemia de Covid-19.
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