Desenvolvendo sempre novas formas de aplicar golpes nas pessoas, criminosos estão utilizando um recurso de acessibilidade dos celulares. Assim, torna-se mais fácil acessar contas bancárias de suas vítimas e roubar seus valores por meio de transferências.
Segundo informações divulgadas pela Kaspersky, uma empresa de cibersegurança, mais de 6 mil ataques desse tipo já ocorreram no país desde o início deste ano. Além disso, a organização alerta que há uma alta probabilidade de que esses números continuem a crescer.
Nos próximos blocos, a gente vai te contar como funciona o golpe implementado pelos criminosos. Continue por aqui e confira mais detalhes a seguir!
Saiba como este recurso de acessibilidade dos celulares tem ajudado golpistas
O recurso de acessibilidade dos celulares é comum em smartphones e garante que pessoas com deficiência consigam utilizar seus dispositivos. Os golpistas, por sua vez, instalam um aplicativo falso que adiciona um trojan ao aparelho e que age por meio dessas funções.
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Quando o aplicativo é instalado, ele solicita permissão para acessar recursos de acessibilidade. Uma vez que as pessoas geralmente não leem os termos de uso, acabam aceitando essas permissões, o que abre caminho para problemas.
Como ocorre o golpe
Nesse ponto, o malware aguarda que o aplicativo bancário seja aberto para realizar transações via PIX de forma fraudulenta.
Quando isso acontece, o vírus lê as informações da conta e, antes de finalizar a transferência, a tela é congelada. Enquanto está congelada, o malware muda os dados do pix, substitui a conta do recebedor pelos dados bancários dos criminosos e altera o valor.
Por que é tão fácil aplicar golpes dessa forma?
O uso do recurso de acessibilidade dos celulares é mais um dos diversos modos desenvolvidos por golpistas para aplicar golpes.
No entanto, existem alguns fatores que contribuem para que esse tipo de golpe aconteça. Veja o que disse Fabio Assolini, analista sênior da Kaspersky no Brasil:
Dois fatores colaboram para este tipo de golpe. O primeiro é a instantaneidade do Pix, que permite que os criminosos pulverizem o dinheiro para 50 contas diferentes em 10 minutos. O segundo é a facilidade que as fintechs dão para abertura de contas, fazendo com que criminosos usem dados de laranjas, pessoas mortas e pessoas inocentes que tiveram os dados roubados
Imagem: Mario Noris / shutterstock.com