Pela madrugada de quarta-feira, dia 21, moradores do Rio Grande do Sul foram surpreendidos por um objeto iluminado no céu.
As imagens desse fenômeno foram capturadas por volta das 5h da manhã pelo Observatório do campus Santo Ângelo do Instituto Federal Farroupilha.
Objeto luminoso no céu do RS: seria um satélite desativado?
De acordo com informações de Fabricio Colvero, responsável pela operação das estações, o objeto observado aparentava estar se movimentando ao redor de seu eixo numa órbita terrestre baixa.
A suposição dos cientistas é de que o objeto possa se tratar de um satélite desativado ou detritos de um lançamento de foguete, o qual tende a se desintegrar ao reentrar na atmosfera terrestre.
A Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (BRAMON) informou que analisará as imagens capturadas com o intuito de identificar o objeto com mais exatidão.
Reentradas na atmosfera: ocorrências constantes
Esse tipo de fenômeno não representa uma ocorrência isolada. Ano passado, por exemplo, no dia 24 de agosto, uma “bola de fogo” pôde ser vista cruzando os céus dos estados sul-brasileiros à s 23h39. Diversas câmeras conseguiram registrar esse acontecimento e muitos moradores de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul relataram terem avistado esta ocorrência.
Este evento especÃfico tratava-se da reentrada na atmosfera de um estágio superior do foguete Soyuz 2.1-A, lançado em 22 de agosto de 2023 para a missão Progress MS-24 cujo destino era a estação espacial. A parte do foguete que reentrou na atmosfera, nomeada como SL-4 R/B, pesava aproximadamente 2,3 toneladas e possuÃa mais de 6 metros de comprimento.
Aumento crÃtico de lançamentos orbitais
A BRAMON tem registrado que a reentrada de detritos espaciais na atmosfera terrestre, especificamente, tem se tornado cada vez mais frequente. Este fato tem crescido em virtude da quantidade cada vez maior de lançamentos orbitais que tem ocorrido nos últimos anos.
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Essa situação é preocupante, segundo pesquisadores, pois com mais detritos espaciais retornando à Terra, o risco relacionado à queda de detritos mais resistentes que conseguem sobreviver à reentrada na superfÃcie terrestre também aumenta.
Imagem: Reprodução / Instituto Federal Farroupilha