O proprietário do site conhecido internacionalmente, Pornhub, um dos campeões em visualizações de conteúdo adulto ao redor do mundo, reconheceu os ganhos obtidos através do tráfico sexual. No dia 21, promotores federais anunciaram a decisão em Nova Iorque.
A empresa controladora do site, a Aylo Holdings, acertou um acordo para se livrar da acusação sobre envolvimento com transações financeiras ilÃcitas originadas de tráfico sexual, de acordo com o escritório do procurador dos EUA para o Distrito Leste de Nova York, Breon Peace.
O processo foi apresentado no tribunal federal do Brooklyn, tendo como pano de fundo o anúncio recente feito pela União Europeia no dia 20, que obriga o Pornhub, assim como outros grandes sites de conteúdo adulto, a implementar um sistema de verificação de idade para seus usuários.
O que consta no acordo?
O acordo firmado prevê que a companhia, sediada na cidade canadense de Montreal, faça um pagamento superior a 1,8 milhão de dólares ao governo americano. Além disso, a empresa também deve fazer pagamentos separados para as mulheres que foram vÃtimas do tráfico.
Uma das cláusulas estipula a contratação de um consultor independente pelo perÃodo de três anos. Após este prazo, as acusações serão retiradas.
“Esperamos que essa resolução, que inclui certos pagamentos acordados para as mulheres cujas imagens foram publicadas nas plataformas da empresa e um monitoramento independente, traga um ponto final para as pessoas afetadas negativamente”, expressou Peace no comunicado.
Qual a posição do FBI em relação ao caso envolvendo o Pornhub?
James Smith, que está à frente do escritório do FBI em Nova York, ressaltou no comunicado que a Aylo Holdings “enriqueceu conscientemente ao fechar os olhos” ao sofrimento das vÃtimas. Segundo Smith, essas vÃtimas chegaram a informar à empresa que haviam sido enganadas e coagidas a participar dos vÃdeos.
Promotores afirmaram ainda que a Aylo concordou em pagar uma indenização à s vÃtimas, mas os detalhes ainda são incertos. Ainda será definido quem pode receber e como as vÃtimas devem buscar seus direitos.
Declaração da Aylo
A Aylo, que também é conhecida pelo nome anterior, MindGeek, declarou por meio de comunicado que “lamenta profundamente” o fato de ter hospedado conteúdo da GirlsDoPorn em suas plataformas de streaming de vÃdeo.
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Afirmou ainda que todos os vÃdeos inapropriados foram fornecidos à empresa pela produtora com formulários de consentimento supostamente assinados pelas mulheres. Contudo, a Aylo desconhecia que os formulários haviam sido obtidos através de coerção e fraude.
Imagem: Daniel Megias / shutterstock.com