A expectativa de vida ao nascer no Brasil observou uma alta significativa em 2022, alcançando os 75,5 anos. Uma análise mais detalhada revela que, enquanto as mulheres podem esperar viver até cerca de 79 anos, a expectativa para os homens é de 72 anos, conforme revelado por um relatório divulgado pelo IBGE no final de 2023.
Esse fenômeno não se restringe ao território nacional. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a disparidade na expectativa de vida entre gêneros é uma constante global, transcendendo barreiras econômicas, sociais e culturais. Todavia, o que está por trás dessa tendência de as mulheres viverem mais que os homens?
Mulheres vivem mais que os homens
As razões para essa diferença são múltiplas e complexas, englobando desde questões biológicas até comportamentais e sociais. Assim, estudos indicam que aspectos como hormônios e cromossomos podem ter um papel preponderante nessa equação.
Além disso, as mulheres tendem a ter uma abordagem mais preventiva em relação à saúde, optando por estilos de vida que promovem o bem-estar e a longevidade.
“A maior predisposição das mulheres a buscar cuidados médicos preventivos e adotar hábitos saudáveis, como exercícios físicos e dietas equilibradas, contribui significativamente para essa diferença na expectativa de vida”, explica Dra. Polianna Souza, médica geriatra e uma das fundadoras do Canal Longidade.
Qualidade de vida importa tanto quanto a quantidade
Enquanto a maior expectativa de vida das mulheres apresenta um campo fértil para o desenvolvimento de políticas de saúde mais eficientes e estratégias de bem-estar ampliadas, também revela diversos desafios. A busca pela igualdade de gênero no mercado de trabalho e a luta contra o feminicídio são apenas alguns dos obstáculos que ainda precisam ser superados.
Além da luta por direitos iguais e a conquista de uma independência financeira sólida, é crucial garantir que os anos vividos sejam de qualidade. A longevidade não deve ser medida apenas pelo tempo, mas também pelo bem-estar e pela capacidade de viver uma vida plena e saudável.
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Em resumo, enquanto a ciência avança na compreensão dos fatores que contribuem para a longevidade feminina, é imperativo que a sociedade evolua no sentido de garantir não apenas mais anos de vida, mas uma vida de qualidade superior, com igualdade e justiça para todos os gêneros.
Imagem: loreanto / shutterstock.com