Em fevereiro de 2025, o sistema de pagamentos instantâneos brasileiro, Pix, ganhará uma nova funcionalidade: a opção de pagamento por aproximação. Essa inovação promete transformar a forma como realizamos transações em lojas físicas, aproximando ainda mais o Pix dos métodos de pagamento tradicionais como cartões de crédito e débito. Este artigo explora o que você precisa saber sobre essa atualização, desde como utilizá-la até as questões de segurança envolvidas.
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Como irá funcionar o Pix por aproximação
A partir do início de 2025, o Pix por aproximação estará disponível para todos os clientes de instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central. Para utilizar essa nova modalidade, os usuários devem cadastrar uma chave Pix em uma carteira digital compatível, como Google Pay ou PicPay.
Com isso, será possível realizar pagamentos apenas aproximando o smartphone ou dispositivo habilitado, simplificando o processo de compra em estabelecimentos físicos.
Importância da inclusão de diferentes participantes
Fernanda Garibaldi, diretora-executiva da Zetta, enfatiza a relevância de tornar o Pix por aproximação acessível através de uma ampla gama de plataformas.
“É fundamental que a nova funcionalidade do Pix seja acessível por meio de diversos players, o que estimulará a competição e expandirá o acesso”, destaca Garibaldi. A Zetta, criada pelo Nubank e Google, defende que a regulamentação deve assegurar a inclusão de diferentes players, evitando custos excessivos que possam restringir o acesso para empresas menores e estimular a inovação.
Possíveis desafios com a Apple
Caso a Apple não permita que suas carteiras digitais sejam compatíveis com o Pix por aproximação até fevereiro de 2025, a empresa pode enfrentar sanções do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
A Apple justifica seu sistema fechado como uma medida de segurança para prevenir fraudes, mantendo restrições sobre informações técnicas.
Segurança do Pix por aproximação
De acordo com Wagner Martin, da Veritran, o novo método de pagamento Pix por aproximação seguirá os protocolos de segurança do Banco Central, que incluem criptografia e a confirmação de transações por meio de senha, token ou biometria, como impressão digital ou reconhecimento facial. “O sistema já está em uso e tem demonstrado integridade”, afirma Martin.
Por outro lado, Fabio Assolini, pesquisador-chefe da Kaspersky para a América Latina, aponta que, apesar das medidas de segurança, não há informações suficientes sobre possíveis vulnerabilidades. “Qualquer sistema pode ser explorado por malwares, especialmente se o usuário estiver próximo do dispositivo do fraudador”, alerta Assolini. A segurança do Pix por aproximação dependerá da robustez do sistema e da identificação de potenciais pontos fracos, com a vigilância do usuário sendo um fator crucial.
Imagem: Miguel Lagoa / shutterstock.com