No último ano, o Brasil observou um aumento significativo na circulação de celulares irregulares, quase dobrando o percentual de aparelhos ilegais de 10% em 2022 para 25% em 2023, segundo dados da IDC Brasil.
Sendo assim, este aumento destaca uma questão preocupante sobre a origem e a segurança dos dispositivos móveis vendidos no país. A facilidade de acesso a produtos através de marketplaces online tem sido um dos maiores propulsores do aumento de vendas de celulares irregulares.
Segundo a Associação Brasileira de Indústria Elétrica Eletrônica (Abinee), aproximadamente 90% dos celulares contrabandeados foram comercializados por esses canais. O atrativo dos preços baixos e as descrições muitas vezes enganosas nos sites induzem consumidores a adquirir produtos sem a devida garantia ou certificação de segurança.
Qual o impacto fiscal e de segurança dos celulares irregulares?
O impacto deste mercado vai além do consumidor, afetando também a economia do país. A estimativa é que, apenas para 2024, o governo deixará de arrecadar cerca de R$ 4 bilhões em impostos devido à venda de aparelhos irregulares.
Além do prejuízo fiscal, esses dispositivos podem representar riscos significativos à segurança dos usuários por não passarem nas avaliações de segurança e funcionamento regulamentadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Diante deste cenário, tanto consumidores quanto autoridades devem se unir para fortalecer as medidas de fiscalização e conscientização, garantindo que o crescimento do mercado de dispositivos móveis no Brasil seja sustentável e seguro para todos os envolvidos.
Responsabilidade do consumidor
Para combater a comercialização e circulação de celulares irregulares, é fundamental que os consumidores estejam atentos e informados sobre como identificar um produto legalizado. A verificação do código IMEI, juntamente com a exigência de nota fiscal na hora da compra, são passos essenciais para garantir a regularidade do aparelho.
Além disso, desconfiar de preços muito abaixo do mercado pode ser um indicativo de que o produto não é original ou está sendo vendido de forma irregular.
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É dever de cada consumidor contribuir para um mercado mais justo e seguro, rejeitando ofertas tentadoras de produtos sem procedência garantida. Conscientizar-se sobre os riscos e adotar práticas responsáveis são as melhores formas de evitar prejuízos financeiros e problemas mais graves associados ao uso de dispositivos irregulares.
Imagem: Dragan Mujan / shutterstock.com
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