Com a crescente circulação de informações na internet, é natural que surgem dúvidas sobre como funciona o Benefício de Prestação Continuada (BPC), especialmente em relação a suas regras e requisitos. Em 2025, o BPC, voltado para pessoas com deficiência e idosos de baixa renda, continua sendo uma importante fonte de auxílio para garantir a dignidade dessas pessoas. No entanto, em meio à desinformação, muitas pessoas acabam sendo enganadas e têm seus direitos prejudicados. Neste artigo, vamos esclarecer as principais regras sobre o BPC, desmentir mitos e mostrar como evitar cair em informações falsas sobre esse benefício.
O que é o BPC e quem tem direito?
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um benefício assistencial previsto pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) que visa garantir um salário mínimo mensal a idosos com 65 anos ou mais, e a pessoas com deficiência de qualquer idade, que comprovem não ter meios de prover sua própria subsistência. O BPC não exige contribuição prévia ao INSS, o que o torna uma importante ferramenta para pessoas em situação de vulnerabilidade social.
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Para ter acesso ao BPC, o solicitante deve cumprir uma série de requisitos, como:
- Comprovar a renda familiar per capita de até 1/4 do salário mínimo, ou seja, a renda de cada membro da família deve ser inferior a esse valor para que o pedido seja aceito.
- Ser idoso ou ter deficiência: O beneficiário deve ter 65 anos ou mais, ou ter deficiência de qualquer idade.
- Cadastro no CadÚnico: O solicitante deve estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), que é o principal instrumento de acesso a diversos programas sociais no Brasil.
Principais mitos e informações falsas sobre o BPC
A desinformação sobre o BPC é um problema recorrente, principalmente em plataformas de mídia social e sites que disseminam conteúdo sem verificação adequada. A seguir, abordamos os principais mitos sobre o benefício e apresentamos as informações corretas para evitar confusão.
Mito 1: O BPC é um benefício de aposentadoria
Muitas pessoas confundem o BPC com uma aposentadoria, mas é importante destacar que eles são benefícios diferentes. O BPC é um benefício assistencial, enquanto a aposentadoria é um benefício previdenciário, que exige contribuições ao INSS.
No BPC, o objetivo não é substituir a aposentadoria, mas sim oferecer apoio financeiro a quem não tem condições de prover sua própria renda devido à idade ou deficiência. Portanto, não é necessário ter contribuído ao INSS para ser beneficiado.
Mito 2: O valor do BPC é variável, dependendo da renda da família
Outro equívoco comum é a crença de que o valor do BPC varia conforme a renda da família do solicitante. Na realidade, o valor do BPC é fixo e corresponde a um salário mínimo, independentemente da situação financeira da família, desde que o solicitante atenda aos requisitos de renda per capita.
Contudo, é importante frisar que a renda per capita familiar deve ser inferior a 1/4 do salário mínimo para que o benefício seja concedido.
Mito 3: O BPC pode ser solicitado a qualquer momento
Embora o BPC possa ser solicitado a qualquer momento, é importante que o solicitante observe as datas e prazos do INSS. A solicitação do benefício deve ser feita no momento em que o solicitante cumprir todos os requisitos estabelecidos, e o processo de análise pode ser demorado, pois envolve verificação de informações como a renda familiar e a deficiência do beneficiário.
Mito 4: O BPC pode ser acumulado com a aposentadoria
Muitas pessoas acreditam que é possível acumular o BPC com a aposentadoria do INSS. No entanto, isso não é permitido. Se o solicitante for aprovado para o BPC, e posteriormente receber aposentadoria, o benefício será cancelado, pois o objetivo do BPC é garantir assistência àqueles que não têm outras fontes de renda.
Mito 5: O BPC é vitalício e não precisa ser revisado
Outro erro comum é acreditar que o BPC é um benefício vitalício. Embora o BPC seja concedido enquanto o beneficiário se enquadrar nos requisitos, ele pode ser suspenso ou cancelado se houver mudança na situação de vulnerabilidade social do beneficiário, como um aumento na renda da família ou a superação da deficiência.
Como evitar cair em informações falsas sobre o BPC?
A melhor maneira de evitar cair em informações falsas sobre o BPC é buscar fontes confiáveis, como o próprio site do INSS e os canais oficiais do governo federal. Além disso, confira sempre se a informação é compartilhada por fontes verificadas, como órgãos de imprensa conhecidos e especialistas na área.
Evitar sites e grupos em redes sociais que disseminam boatos ou ofertas de “consultorias” pagas para obter benefícios pode ser crucial para garantir que o solicitante não caia em golpes.
Onde solicitar o BPC?
O processo de solicitação do BPC é feito exclusivamente pelo INSS, e pode ser feito online, através do site oficial ou do aplicativo Meu INSS. A solicitação também pode ser feita por meio da Central de Atendimento do INSS, pelo número 135.
É importante lembrar que para realizar a solicitação, o solicitante deve ter o CadÚnico atualizado e reunir toda a documentação necessária, como comprovantes de renda e laudos médicos no caso de pessoas com deficiência.
A revisão do BPC: Entenda como funciona
O BPC é um benefício que está sujeito a revisões periódicas, com o objetivo de garantir que o benefício continue sendo destinado apenas a quem realmente necessita. O INSS realiza uma revisão anual do benefício para verificar se os requisitos continuam sendo atendidos.
O não comparecimento à revisão pode resultar na suspensão do benefício, por isso, é fundamental que os beneficiários fiquem atentos às notificações e cumpram com as exigências do INSS.
O impacto da desinformação sobre o BPC
A disseminação de informações falsas sobre o BPC pode causar danos significativos aos beneficiários e dificultar o acesso de muitas pessoas a esse benefício essencial. Além de prejudicar o acesso aos direitos, as informações erradas podem causar confusão e frustração, dificultando ainda mais o processo de solicitação.
Conclusão
Em 2025, o BPC continua sendo uma importante ferramenta de assistência social para pessoas com deficiência e idosos de baixa renda. No entanto, é fundamental que os solicitantes fiquem atentos às informações falsas que circulam pela internet e busquem sempre fontes confiáveis para garantir que seus direitos sejam respeitados. Evitar a desinformação é a chave para acessar o benefício de forma correta e eficiente, garantindo uma vida mais digna e com menos dificuldades.