Depois de mais de cinco décadas sem o toque norte-americano na superfície lunar, os Estados Unidos celebram o retorno bem-sucedido ao satélite. O herói desta nova etapa da conquista lunar é a sonda Odysseus, lançada pela empresa privada Intuitive Machines. Este episódio marca a primeira vez que uma empresa americana envia uma sonda à Lua desde a extinta era das missões Apollo, em 1979.
A realização deste feito grandioso não teria sido possível sem o auxílio da NASA, que apoiou e lançou a sonda. A espaçonave foi impulsionada ao espaço através do icônico foguete Falcon 9, famoso filho da Space X, empresa do empresário Elon Musk. A confirmação do sucesso do pouso ocorreu na última quinta-feira (22).
EUA desvendando o polo sul lunar
A escolha da localização para o pouso da Odysseus perto do polo sul da Lua é notável por sua relevância científica. Essa região desperta grande interesse devido à possibilidade de encontrar água congelada em crateras que permanecem na sombra permanente. Essas áreas sombreadas oferecem um ambiente preservado, isolado do calor solar, proporcionando uma oportunidade única para estudar a composição e a história evolutiva da Lua.
Ao analisar as crateras próximas ao polo sul lunar, a missão Odysseus pode desvendar informações cruciais sobre a formação e o desenvolvimento do nosso satélite natural. A presença potencial de água congelada não apenas tem implicações para a exploração espacial futura, mas também pode oferecer insights sobre a história do sistema solar e a possibilidade de recursos acessíveis para futuras missões humanas na Lua.
Ferramentas a bordo
Localizada na câmara da sonda, encontramos uma série de instrumentos científicos, selecionados com o intuito de coletar o maior número possível de informações acerca da superfície lunar. Entre essas ferramentas, encontramos um array de retrorefletores a laser, para auxiliar em futuros pousos, e um farol de navegação por rádio, que fornecerá dados de geolocalização a landers, rovers e, quem sabe, futuros astronautas.
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A sonda Odysseus possui uma “data de validade” de cerca de 14 dias na Lua, limitação devido à rigorosa e contínua exposição ao frio lunar. Apesar do curto tempo operacional, espera-se que a sonda consiga coletar dados preciosos, não apenas para a ciência, mas também para os clientes privados que entregaram seus projetos para serem levados ao espaço.
Imagem: Castleski / shutterstock.com