As mudanças climáticas constituem uma das maiores ameaças aos nossos ecossistemas, economias e sociedades a nível global. A elevação contínua do nível do mar, impulsionada pelo aquecimento global, coloca em risco especialmente nações insulares, evidenciando a urgência de ações imediatas para mitigar esses efeitos devastadores.
Com o avanço das águas do mar, países com territórios majoritariamente no nível do mar ou muito próximos dele estão enfrentando o risco iminente de desaparecimento. Isso se deve ao fato de que suas principais áreas habitáveis, fontes de renda e infraestruturas críticas estão sendo ameaçadas pelas inundações, erosão costeira e salinização das águas e solos.
Quais países podem deixar de existir até 2050?
Baseado em estudos recentes, identificamos dez países que, se não forem tomadas medidas preventivas e de adaptação, poderão enfrentar consequências irreversíveis, levando ao seu possível desaparecimento ou à realocação forçada de suas populações.
- Maldivas – O arquipélago enfrenta uma elevação anual do nível do mar de 1,6 mm, com a maior parte do seu território situado a menos de um metro acima do nível do mar.
- Seychelles – Este grupo de ilhas no Oceano Índico já sofreu com inundações severas, e o nível do mar sobe cerca de 2,3 mm anualmente.
- Vietnã – Com uma elevação anual do nível do mar de 3,6 mm, este país enfrenta a salinização de campos de arroz, ameaçando sua segurança alimentar.
- Kiribati – Este país de baixa altitude enfrenta um aumento do nível do mar de 1 a 4 mm por ano, pondo em risco sua sobrevivência a longo prazo.
- Samoa – Com uma elevação do nível do mar de 4 mm ao ano, enfrenta o branqueamento de seus recifes de coral, vitais para a proteção costeira.
- Tuvalu – A elevação do nível do mar em 5 mm anuais tem provocado erosão costeira e frequentes tempestades.
- Ilhas Fiji – Está a experimentar uma elevação anual do nível do mar de 6 mm, forçando a realocação de comunidades inteiras.
- Vanuatu – Com um aumento do nível do mar de 6 mm por ano, enfrenta a ameaça de ciclones mais intensos e a acidificação dos oceanos.
- Ilhas Marshall – A elevação anual do nível do mar de 7 mm ameaça submergir partes significativas deste país.
- Ilhas Salomão – Já observou o desaparecimento de cinco de suas ilhas devido a uma elevação anual do nível do mar de 8 mm.
Como podemos agir?
A urgência de ações contra as alterações climáticas nunca foi tão crítica. É vital que, além dos esforços individuais para reduzir nossa pegada ecológica, haja uma colaboração internacional robusta para apoiar as nações mais vulneráveis, através de financiamento para infraestrutura resistente ao clima, tecnologias de mitigação e estratégias eficazes de realocação e adaptação.
Veja também:
Nova lei portuguesa permite que milhares de brasileiros solicitem cidadania
O futuro destas nações insulares depende não apenas de suas ações internas, mas do compromisso global com a sustentabilidade e redução das emissões de gases de efeito estufa. O desafio das alterações climáticas é complexo e abrangente, requerendo um esforço coletivo e respostas adaptativas imediatas para proteger as comunidades mais vulneráveis e preservar a biodiversidade global.
Imagem: M-Production / Shutterstock.com