A gigante de tecnologia Apple, famosa por seus produtos eletrônicos de alta qualidade, encontra-se no centro de uma nova polêmica. Recentemente, a empresa foi condenada a pagar indenização a um cliente que teve seu iPhone 11 danificado após o celular à prova d'água ser exposto à chuva. A condenação foi realizada pela 1ª Turma CÃvel do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
O incidente reacendeu discussões sobre publicidade enganosa, já que a Apple havia mencionado, em várias peças publicitárias, que o smartphone em questão possui resistência à água e à poeira. Entretanto, como apontado pela corte brasileira, essa afirmação foi considerada insuficiente e pode ter levado o cliente a uma interpretação enganosa do recurso.
Conheça o caso do celular à prova d’água que estragou com chuva
O usuário, que comprou o iPhone 11 em setembro de 2020, entrou em contato com a assistência técnica após perceber que após uma simples chuva em junho de 2021, a câmera do aparelho estava turva e o Face ID parou de funcionar.
Apesar de o produto ainda estar na garantia, a assistência técnica disse que a Apple não cobria danos causados por exposição à umidade. Por isso, o usuário deveria pagar uma quantia de R$ 3.199 para o reparo.
Com isso, o cliente se sentiu enganado, pois, no site da Apple, consta que o iPhone 11 é resistente à água, já que recebeu classificação IP68 em testes laboratoriais.
Corte brasileira determinou a culpa da Apple
O Juiz Carlos Pires Soares Neto, da 1 ° Turma CÃvel do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), considerou insuficientes as informações fornecidas pela Apple. Ele destacou que a empresa falhou ao não fornecer detalhes sobre o tipo de água (por exemplo, doce e/ou salgada), a profundidade, tempo e condições adversas que o dispositivo poderia resistir.
Diante desta situação, o TJDFT decidiu que a empresa norte-americana deverá reembolsar integralmente o cliente e receber o smartphone defeituoso de volta.
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