Brasileiro é sócio da família real saudita, saiba mais sobre ele

A família real da Arábia Saudita, conhecida por sua imensa fortuna adquirida através de lucros petrolíferos, tem diversificado estrategicamente seus ativos. Dessa maneira, entre seus inúmeros negócios está a BRF, uma das gigantes do agronegócio brasileiro, controlada pelo empresário Marcos Molina dos Santos.

A BRF, que nasceu em 2012 da fusão da Perdigão com a Sadia, tornou-se um dos maiores produtores de carne de frango do mundo, uma fonte de proteína animal de baixo custo e um alimento essencial para a população muçulmana, religião predominante entre os árabes. Contudo, nem Molina nem a Família Real Saudita estavam entre os fundadores do negócio.

Marcos Molina e seu império do agronegócio

Marcos Molina começou sua jornada no setor de proteína animal aos 12 anos de idade, trabalhando no açougue da família em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo. Aos 30 anos, fundou a Marfrig, um grupo de frigoríficos que se tornou um gigante global no setor. A Marfrig ostenta o título de maior produtor de hambúrgueres do mundo e vale cerca de R$ 8,6 bilhões, de acordo com a última cotação na B3.

Molina ainda controla a Marfrig, que começou a adquirir ações da BRF em 2021 e atualmente detém a maior parte das cotas da empresa. Então, há uma ligação com a Família Real Saudita, que detém 10% da BRF por meio da Companhia Saudita de Investimento Agrícola e Pecuário (Salic, em inglês). Os investimentos da família real no negócio cresceram significativamente desde a chegada de Molina.

Futuro da BRF e interações economia com a família real saudita

Este é um marco histórico para as relações econômicas entre Brasil e Arábia Saudita, unindo a riqueza petrolífera da família real saudita ao valioso agronegócio brasileiro. A expansão desta colaboração mostra o potencial da economia brasileira em atração de investimentos internacionais, além de evidenciar o caráter estratégico da segurança alimentar para o reino saudita.

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O acordo entre os sauditas e a BRF também reflete a transição de uma economia ancorada basicamente em petróleo para uma economia mais diversificada, que reconhece a necessidade de segurança alimentar em suas estratégias de desenvolvimento. Assim, num cenário de diversificação econômica global, este negócio é emblemático dos caminhos possíveis para o Brasil e sua economia.

Imagem: aboodi vesakaran / Pexels.com