O Ozempic, conhecido por seus benefÃcios no tratamento do diabetes tipo 2, tem ganhado notoriedade por um uso não convencional: o emagrecimento. A medicação, cujo princÃpio ativo é a semaglutida, apresenta resultados significativos na perda de peso, o que tem incentivado seu uso off-label, ou seja, para fins não aprovados na bula oficial.
Contudo, essa aplicação do medicamento carrega consigo uma série de considerações e possÃveis riscos à saúde. Enquanto a Anvisa confirma a aprovação da semaglutida no tratamento da obesidade, a popularidade do Ozempic para essa finalidade cresce.
Esse fenômeno é potencializado pelas redes sociais, onde usuários compartilham resultados de emagrecimento rápidos, contribuindo para uma demanda crescente pelo medicamento.
Quais os riscos do uso indevido do Ozempic?
A popularização do Ozempic para emagrecimento, apesar dos resultados aparentemente positivos, traz à tona uma variedade de preocupações médicas. Um dos efeitos colaterais popularmente discutidos é a chamada “cabeça de Ozempic”, um termo leigo para descrever a desproporcionalidade entre a cabeça e o corpo devido à perda rápida de peso e massa muscular.
Esse aspecto, além da flacidez facial, denominada “rosto de Ozempic”, são indicativos dos riscos associados à perda de peso acelerada promovida pelo medicamento.
Profissionais da saúde alertam para o fato de que, embora o emagrecimento possa ser um objetivo legÃtimo para muitos, a utilização de medicamentos sem a devida supervisão médica pode acarretar consequências graves. A perda significativa de massa muscular e flacidez são apenas a ponta do iceberg de um espectro mais amplo de efeitos colaterais e riscos potenciais.
Resultados e estatÃsticas do uso
Um estudo realizado em 2021 sobre a eficácia do Ozempic revelou que, após 68 semanas de tratamento, 86,4% dos participantes alcançaram uma perda de peso de 5% ou mais. Enquanto esses números refletem o potencial do medicamento no combate à obesidade, eles também acendem uma luz de alerta sobre os possÃveis impactos na saúde muscular e óssea dos usuários.
Assim, podendo levar a condições como a sarcopenia. Além das questões estéticas e da perda de massa, o Ozempic pode desencadear uma série de outros efeitos colaterais, como náuseas, inapetência, diarreia, vômitos, mal-estar, dor de cabeça, dificuldades na alimentação e desidratação.
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Distúrbios como pedra na vesÃcula também foram associados ao uso do medicamento, principalmente devido à rápida perda de peso. Em resumo, enquanto o Ozempic se mostra uma ferramenta promissora no tratamento do diabetes tipo 2 e, sob orientação médica, na obesidade, seu uso indiscriminado e sem supervisão profissional carrega riscos substanciais à saúde.
Imagem: imyskin / Getty Images